No início de novembro, um devastador incêndio consumiu aproximadamente 300 hectares do precioso patrimônio natural localizado em Porto Seguro, Bahia. As chamas vorazes engoliram uma extensa área que incluía o Parque Nacional do Monte Pascoal e a Aldeia Boca da Mata, resultando em danos significativos. O incidente teve início entre os dias 14 e 15 de novembro, deixando uma marca equivalente a cerca de 300 campos de futebol.
Apesar da extensão do desastre, as autoridades não registraram vítimas fatais ou feridos até o momento. A causa do incêndio permanece um mistério, exigindo uma perícia minuciosa para determinar sua origem.
Em resposta à emergência, o Corpo de Bombeiros da Bahia mobilizou 35 militares e duas aeronaves para auxiliar nos esforços de combate ao fogo. Eles se uniram aos 50 brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) que já estavam no local. O Parque Nacional do Monte Pascoal, com seus mais de 22 mil hectares, abriga espécies ameaçadas e a terra indígena Barra Velha, tornando a preservação essencial.
A magnitude do impacto ambiental se estende para além das fronteiras do parque, afetando significativamente a região, de acordo com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). Além de sua importância ambiental, o parque carrega um significado histórico notável, sendo a primeira porção de terra do Brasil avistada pelos portugueses em 1500.
O combate às chamas envolveu uma colaboração abrangente entre diversas instituições, incluindo ICMBio, Prevfogo, Fundação Nacional do Índio (Funai), Brigada Voluntária Terra Indígena Barra Velha, Secretaria do Meio Ambiente da Bahia, Corpo de Bombeiros, Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), prefeituras de Porto Seguro e Prado, e a Superintendência de Assuntos Indígenas de Porto Seguro. A união de esforços dessas entidades busca conter os danos e preservar tanto a biodiversidade quanto o valor histórico do local afetado pelo incêndio.